Os novos Padres da Diocese de Votuporanga

Padre Djalma Lúcio Magalhães Tuniz

Pároco de Américo de Campos e Pontes Gestal

 

Estamos vivendo momentos de alegria em nossa Diocese. Nos dias 14 e 21 de junho, tivemos duas ordenações presbiterais. São dois jovens que um dia receberam um chamado mais específico: consagrar as suas vidas ao Reino de Deus. Sei que pode parecer loucura, ainda mais no mundo de hoje tão decidido a levar nossos jovens a se afastarem das realidades espirituais. Mas, para nós cristãos, como falar que esse chamado não é legítimo? Como ficar surpreso com essa escolha, se o mundo, cada vez mais, carece de pessoas boas e dispostas a cuidar do que se tem de mais importante: os corações feridos da humanidade?

O jovem Ancelmo José Lio, de Votuporanga, foi o primeiro a ser ordenado padre. A missa de ordenação aconteceu na Catedral. É jornalista, escritor e já trabalhou no setor de comunicação da Santa Casa de Votuporanga. Já está colaborando na missão da Comunicação de nossa Diocese. Escolheu como lema de ordenação um versículo do evangelho de São João 15,9b: “Permanecei em meu amor”. É sorridente, responsável e carrega consigo uma alma bela. Possui uma devoção aos três corações: o Sagrado Coração de Jesus, o Imaculado Coração de Maria e o Castíssimo Coração de São José.

O jovem Bruno Luiz Santos Silva é natural da cidade vizinha de Nhandeara. Foi ordenado padre dia 21. Tem um talento nato pela liturgia da Igreja. É seguro nas funções que assume. Inteligente, educado e responsável. Já faz parte da equipe de formadores da diocese, contribuindo como secretário do grupo. Escolheu como lema de ordenação também um versículo do evangelho de São João 17,21: “Para que todos sejam um”. Possui um amor bem visível pela Igreja. Apesar de muito jovem está certo de sua escolha e demonstra muita alegria pela sua ordenação.

Ser padre é antes de tudo abdicar de muitas escolhas da vida para escolher apenas uma: levar Jesus Cristo ao Mundo e trazer o Mundo até Jesus Cristo. Essa missão acontece ao ministrar os sacramentos, abençoar as pessoas, ser um homem de conciliação, sempre atento aos rumos que a humanidade segue e, de maneira muito especial, sempre disposto a levar os ensinamentos do evangelho a todos que queiram receber.

Sou padre há alguns anos, e até hoje, às vezes, perguntam-me se não é difícil assumir uma missão tão pesada. Sempre respondo que, quando há em nós uma vocação verdadeira, nada se torna pesado. Podemos até nos cansar, aborrecer, decepcionar em alguns momentos. Mas como não achar sentido em algo tão sublime como presidir a Eucaristia? Como não se emocionar depois de atender uma confissão e ouvir do penitente que um peso saiu de suas costas? Como não acalentar o coração quando uma criança se aproxima e pede: “Bênção, padre!”?

Ser padre é continuar sendo um homem comum. Com sua história de vida, sua criação, seu temperamento, suas chatices, como qualquer outro. Mas com um esforço maior em buscar a santidade e fazer de sua vida como uma vela acesa que vai se consumindo até se apagar no final.

É buscar Deus a todo o instante e levar as pessoas a fazerem também esse caminho. É não ter outra preocupação a não ser com o povo, que tem sede de Deus. É ser amigo e próximo do bispo, amigo e próximo dos outros padres e pastor do rebanho que lhe foi confiado.

Assim, alegra-se o nosso coração pelas ordenações que vimos nesses dias. Agradeçamos ao nosso bom Deus pelos dois rapazes e peçamos que continue abençoando sua Igreja com generosas e santas vocações.

Ao Padre Ancelmo, pedimos que nunca deixe de permanecer no amor de Deus e da Igreja. Ao Padre Bruno, que seja sempre um instrumento de unidade entre a humanidade e Deus. Aos fiéis católicos de nossa Diocese, não se esqueçam de rezar um Pai-Nosso e uma Ave-Maria na intenção desses dois jovens corajosos e cheios de vida.

Que sejam felizes nessa escolha vocacional. Que encontrem apoio, quando precisarem de um ombro amigo, e perseverem na fé.

Que Deus abençoe os nossos novos sacerdotes da Igreja!